Um levantamento especial produzido pela Seguradora Líder, divulgado durante a Semana Nacional de Trânsito, mostra que, apesar da diminuição nos números de acidentes, a situação no Brasil ainda é preocupante.
Em 2018, o país atingiu a quantidade de 18 indenizações pagas por morte, pelo Seguro DPVAT, a cada 100 mil habitantes. Como comparação, a taxa de mortalidade por crimes violentos, como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, foi de 24,75.
As estatísticas indicam, portanto, que o trânsito ainda deixa milhares de vítimas fatais no país: nos últimos dez anos, foram pagas mais de 485 mil indenizações do seguro obrigatório por este tipo de ocorrência, sendo as motocicletas as principais responsáveis. De 2009 para 2018, o veículo foi o único a apresentar aumento de sinistros pagos por morte, saltando de 145.699 para 246.993 benefícios.
Os números são do Relatório Especial – 10 anos – Taxa de Mortalidade no Trânsito, que apresenta os pagamentos do Seguro DPVAT por morte para cada 100 mil habitantes, entre 2009 e 2018. No ano passado, Tocantins (38), Piauí (34), Mato Grosso (33) e Rondônia (29) foram os estados que registraram as maiores taxas de mortalidade no trânsito. Já em 2009, as primeiras posições eram ocupadas por Acre (97), Mato Grosso (46), Goiás (45), Mato Grosso do Sul e Santa Catarina (44).
Análise
A análise por região indica uma manutenção na geografia das indenizações por morte. O Centro-Oeste é a localidade com a maior taxa de acidentes fatais no trânsito, concentrando 31 sinistros indenizados em 2018 e 41 em 2009 a cada 100 mil habitantes. Sudeste e Nordeste, no entanto, tiveram o indicador mais baixo, com 16 pagamentos no ano passado. Em 2009, o Sudeste atingiu 27 e o Nordeste, 28.
Quando observada apenas a quantidade de benefícios pagos por acidentes fatais, sem relacionar à estimativa populacional, os estados das regiões Norte e Nordeste tiveram aumento no registro de mortes por ocorrências no trânsito entre 2009 e 2018. O Maranhão foi a unidade federativa com maior crescimento (46%), seguido do Piauí (42%). Já os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram redução de cerca de 50% nas indenizações pagas por acidentes fatais entre 2009 e 2018.
Ainda segundo os dados, os principais atingidos pelos casos fatais são motoristas e homens. Em 2018, eles somaram mais de 21 mil (ou 55%) indenizações por morte. O sexo masculino também predomina, somando 82% dos pagamentos destinados à cobertura no ano passado.
Quando analisada a faixa etária, os jovens de 18 a 34 anos foram os que mais morreram, com 39% (15.045) dos sinistros pagos pelo Seguro DPVAT no último ano. A maioria dos acidentes ocorreu no horário do anoitecer (17h às 20h).
O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, explica que os números do Seguro DPVAT reforçam a importância de mobilizações como a Semana Nacional do Trânsito para mudar a realidade da violência nas ruas e estradas brasileiras.
“Apesar da redução nas estatísticas de indenizações pagas por morte pelo Seguro DPVAT nos últimos dez anos, este documento mostra a grave realidade do trânsito brasileiro, que é reforçada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados de 2018 da instituição mostram que o Brasil é o quinto país com mais vítimas fatais durante o tráfego de veículo. Além disso, a cada 24 segundos, uma pessoa morre no trânsito. Desta forma, torna-se fundamental o constante investimento em prevenção, educação e conscientização da população sobre a importância de um trânsito seguro”, esclarece Arthur Froes.
O Relatório Especial – 10 anos – Taxa de Mortalidade no Trânsito é mais uma iniciativa da Seguradora Líder para contribuir com a redução dos acidentes de trânsito. Além de amparar as vítimas das ocorrências causadas pelo tráfego de veículos, a companhia tem como compromisso atuar proativamente para conscientizar a população, bem como melhorar a segurança viária.
As informações são da Seguradora Líder
Fonte:PortalDoTransito