Independente de ainda ser desconsiderada pela maioria dos condutores do país, trata-se de uma obrigação legal e cidadã, e mais, de uma ferramenta de mudanças para o trânsito, que transcende o simples respeito a legislação, posto que, naturalmente, aquele condutor que começa a respeitar os pedestres em seu espaço, inicia, também, um processo de respeito a outras normas de convivência e cordialidade, na medida em que a cordialidade acarreta uma sensação de bem estar e de uma espécie de orgulho em ser cidadão.
Conquistar o respeito às faixas de segurança, principalmente nas grandes cidades, totalmente desacostumadas à cordialidade e ao respeito ao próximo no ambiente de trânsito, trata-se de um desafio complexo e árduo, mas, por evidente, não impossível, neste sentido, um caso a ser observado é o de Brasília, onde foi implementado um plano de ação que demorou dois anos para ser concluído, mas culminou com o sucesso na conquista do respeito às faixas de segurança.
No caso,o modelo foi aprovado depois de uma intensa batalha entre o grande jornal local, uma associação de pedestres bem organizada, a prefeitura e os órgão de trânsito e todo projeto foi alicerçado por campanhas publicitárias.
Após dois anos de trabalho, mais de setecentas faixas foram realocadas e outras tantas instaladas, a grande maioria com sinalização e iluminação adequadas. No início contaram com fiscalização feita por agentes de trânsito, mantidos enquanto necessários.
Hoje Brasília é uma capital onde o respeito às faixas é uma realidade.
Em Curitiba, por exemplo, ainda não se respeitam as faixas de segurança, porém já passou da hora deste desafio, considerando como premissa, que a sociedade está mais do que pronta para esta conquista, basta ver o sucesso das faixas elevadas e o respeito que tem ocorrido, espontaneamente, em diversos pontos, como em parques como o do Barigui, onde a faixa é respeitada.
Assim, penso que é chegado o momento ideal para pressionarmos nossas autoridades a encarar esta bronca, digo pressionarmos, porque a mais do que ninguém, cabe a nós enquanto cidadãos e sociedade organizada.
Fonte: Portaldotransito